Licitação do transporte público da Grande Aracaju? “No primeiro semestre de 2024, a depender das circunstâncias”, essa foi a resposta evasiva do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), à indagação feita pelo vereador Ricardo Marques (Cidadania) durante o anúncio das “primeiras soluções mais imediatas” do Consórcio Metropolitano do Transporte Público (CTM) na tarde da última quarta-feira, 22 de novembro.
Apesar da grande expectativa pelo anúncio da licitação, diante dos prefeitos das cidades da grande Aracaju e ao lado do governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), Edvaldo anunciou a concessão de R$ 24 milhões de reais em subsídios às empresas de ônibus para congelar a tarifa do transporte público no valor de R$ 4,50 até o final do próximo ano e segundo ele, dar condições para o início da renovação das frotas.
Quando questionado por Ricardo Marques sobre a previsão de quando deve começar a licitação de forma efetiva, levando em consideração que havia sido prometida pelo consórcio para março, Edvaldo desconversou:
“No primeiro semestre”, respondeu evasivamente. Então o vereador indagou: “Mas são seis meses, a população vai ficar esperando, não há um prazo mais específico?”, questionou.
E o prefeito disse que “Vai depender de muitas circunstâncias”, e citou a necessidade de estudos mais completos para o edital da licitação e o alinhamento entre os membros do consórcio.
“O que vimos não foi um anúncio do consórcio, foi da Prefeitura de Aracaju e do Estado, que irão bancar esse subsídio às empresas de ônibus, até porque qualquer medida do consórcio precisa ser precedida pela licitação, está na lei. Essas medidas são paliativas e já deveriam ter sido anunciadas há muito tempo lá atrás para evitar o caos de hoje. Mas sem a licitação do transporte público nada será resolvido”, destacou Ricardo Marques.
Além do subsídio, Aracaju financiará a compra de 20 novos ônibus que serão destinados às empresas através de comodato (empréstimo para uso). E paralelamente, o governo de Sergipe subsidiará em R$ 10 milhões de reais a renovação da frota destas empresas.
“Dizem que a população não será penalizada porque não haverá aumento da passagem, mas no final das contas é a própria população quem pagará por tudo isso, afinal, o subsídio é feito com dinheiro dos cofres públicos” frisou Ricardo Marques.
Por: Fredson Navarro/Ascom