Atenção aos criadores de gado em São Cristóvão: O prazo para adquirir as vacinas contra febre aftosa é até o dia 30 de abril. A imunização de bovinos e bubalinos é obrigatória, com penalidade de multa para os pecuaristas que não vacinarem ou declararem a imunização de seus animais.
Apesar de Sergipe ser reconhecido este ano como área livre de febre aftosa sem vacinação, a não obrigatoriedade da vacina só será aceita após a conclusão da campanha atual. A partir de 01 de maio, será proibida a venda do imunizante.
A declaração do rebanho deve ser realizada até o dia 10 de maio, na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Semdet), que conta com um ponto da Emdagro – Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe na Diretoria de Agricultura.
Segundo Sônia Angélica, médica veterinária da Emdagro, a meta é atingir o índice de 90% de vacinação no estado, que, até agora, está em 65%. “Os bovinos e bubalinos de todas as idades deverão ser vacinados”, declara a veterinária, reforçando a importância de realizar a vacinação até o final de abril.
São Cristóvão tem sido referência no alto índice de vacinação contra febre aftosa. Em 2023, segundo a Emdagro, seu índice de declaração do rebanho bovino foi de 97% em maio e 96% em novembro, números acima da meta do estado e que atingem quase a totalidade das criações de gado no município.
Wesley Félix, diretor de agricultura da Semdet, ressalta a importância de vacinar os rebanhos contra a doença, que é contagiosa e pode afetar tanto animais quanto humanos, tendo maior índice em bovinos. Nas pessoas, o risco da doença é baixo e quando ocorre o contágio provoca algumas aftas e febres. Para os bovinos, contudo, a febre aftosa pode ser fatal.
“Entre o gado a doença é altamente contagioso, bastando que um exemplar ser contaminado para condenar todo o rebanho. O desenvolvimento de aftas prejudica a alimentação do animal, sendo que em algumas espécies pode haver lesões no casco. É comum que o animal contaminado fique magro, podendo morrer de inanição. A perda de cabeças de gado por conta da doença prejudica as exportações e a oferta interna dos alimentos derivados de bovinos. Não raro quando há surtos da febre aftosa, os preços disparam nos mercados”, explica o diretor.
Para quem perder o prazo da campanha, as penalidades serão rigorosas. Além da multa de um UFP por cabeça, o que equivale a mais de 50 reais por animal, os produtores que não vacinarem ou declararem seus animais não poderão movimentar seus rebanhos, ou seja, vender ou levar para o abate, por pelo menos 30 dias. Também terão que submeter os animais a exames clínicos e coleta de materiais, para garantir que eles não contêm o vírus da febre aftosa.
Foto: Heitor Xavier
Por: Ascom/Prefeitura de São Cristóvão