Com as últimas notícias divulgadas sobre o concurso da Polícia Militar do Estado de Sergipe, o vereador Sargento Byron – Estrelas do Mar (MDB) aproveitou o espaço na tribuna na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para reforçar o assunto já pautado em sessão.
“Logo que o edital foi publicado, trouxe a esta Casa o questionamento sobre a ausência de vagas para pessoas com deficiência. A partir de então, recebi alguns questionamentos acerca da natureza do serviço, se caberia as pessoas com deficiência participarem deste certame. E, enquanto policial militar, consigo afirmar que sim! Durante os 23 anos na ativa, vi, no decorrer do serviço, diversos policiais serem realocados, seja para área administrativa, quanto para diversos outros setores da PM. Quando falamos em deficiência precisamos ter conhecimento sobre a fala. Uma pessoa com deficiência auditiva unilateral, por exemplo, o que a impediria de estar na polícia?”, pontuou o parlamentar, após os diálogos sobre a Justiça de Sergipe suspender os editais dos concursos para os cargos de soldado e oficial da PM por falta de vagas para pessoas com deficiência (PcD).
O vereador aproveitou para pontuar os avanços que esta decisão representa para toda sociedade:
“Há apenas 39 anos, houve o ingresso de policiais femininas no quadro da nossa PM, uma instituição com 190 anos, podemos dizer. Seguimos avançando quando falamos em gênero, e isso se aplica a todo o serviço da Segurança Pública. Estou na torcida para que haja a retificação do edital, pois sei que a expectativa dos concurseiros é enorme. Não podemos reduzir este preparo; não é justo. Reforço aqui, também, que sabemos que existem condições físicas e motoras que podem sim, impossibilitar a execução plena de determinadas atividades, mas esse esclarecimento é passível de edital, é preciso que busquemos conhecer as especificidades e individualidades asseguradas por lei. Por isso, reforço que a Polícia Militar é gigante e vai além do serviço ostensivo: temos policiais em banda oficial, RH, quadro médico, administrativo, isso tudo valoriza ainda mais a profissão. É preciso nos posicionarmos, eu não faria diferente. É preciso refletir sobre a causa e avançarmos sempre!”, reforçou Byron.
Complementando a fala do parlamentar, o vereador Elber Batalha (PSB) também ressaltou a importância e legalidade das vagas:
“Aproveito a oportunidade para parabenizar o vereador Byron pela serenidade e coragem, enquanto também militar, em trazer a pauta a esta Casa. Há a necessidade de diferenciar os tipos de deficiência, pois acredito que o equívoco do Comando da PM/SE foi generalizar o quadro. Quando falamos em deficiência monocular, assim como deficiência auditiva unilateral, por exemplo, são deficiências claramente compatíveis com as atividades do policial militar, incluindo o policiamento ostensivo. Colocar todos os aspectos em um mesmo condicionante, onde nenhuma pessoa com deficiência pode ser policial militar, é um exagero e está em total discordância com as novas práticas da nossa
Foto: Gilton Rosas
Por: Jacqueline Reis