A data de 23 de novembro chama a atenção para a luta contra o câncer infantil. Desde que foi instituído, em 2008, por meio da Lei nº 11.650, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil busca estimular ações educativas e preventivas relacionadas à doença, difundir os avanços técnico-científicos relacionados, além de apoiar as crianças com câncer e seus familiares.
Em Sergipe, especificamente, no Centro de Oncologia Dr. Oswaldo Leite do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), mais de 70 crianças e adolescentes estão em tratamento de câncer e 100 pacientes em acompanhamento. A unidade realiza mais de 180 consultas mensais entre novos casos, consultas de retorno e casos suspeitos de câncer infantojuvenil.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a taxa de cura da doença pode chegar a 80% em crianças e adolescentes que recebem o diagnóstico precoce e são tratados adequadamente em centros especializados. Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Tumores como a leucemia, o de sistema nervoso central e os linfomas são os mais frequentes na infância e na adolescência.
Segundo a oncologista pediátrica e responsável técnica da Oncologia Pediátrica do Huse, Pérola Barros, os sintomas do câncer infantil são inespecíficos e podem ser identificados em diversas patologias. “Sabemos que não existe prevenção para o câncer infantil. É preciso que haja o diagnóstico precoce da doença para que o tratamento seja realizado ainda no estágio inicial, aumentando assim, as chances de cura do paciente. Perda de peso acentuada, febre persistente, manchas arroxeadas pelo corpo e cefaleia de forte intensidade associadas a vômitos estão entre os sinais de alerta do câncer infantil”, destaca.
Casos como o de M. V. L., de apenas seis anos, que reside no município sergipano de Pedrinhas. Com vômitos frequentes, a família logo procurou um pediatra para uma avaliação. Após a realização de novos exames e consultas com outros profissionais, a criança foi encaminhada para o Huse, onde passou por cirurgia e foi diagnosticada com um tumor no cérebro. “Quando recebi o diagnóstico foi um choque, e só fazia chorar. Fui bastante acolhida e me apeguei a Deus. Ela passou por radioterapia, quimioterapia e agora vem para o acompanhamento. Toda a assistência foi excelente aqui na Oncologia. Foi uma grande vitória e, agora, é seguir em frente. A minha filha é uma guerreira”, comentou a mãe de M.V., Deise Vitória Lima. Atualmente, a criança passa por consultas e exames de acompanhamento na Oncologia do Huse.
Por: Ascom/SES