Com o intuito de orientar a população, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça o alerta para os cuidados preventivos contra a leptospirose diante da ocorrência de chuvas. A doença é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente de ratos infectados pela bactéria Leptospira.
Dados do Sistemas de Agravos de Informação de Notificação (Sinan Net) apontam que foram notificados, de janeiro a maio de 2024, nove casos da doença, o que revela uma redução, quando compara-se ao mesmo período do ano passado, quando foram 13 casos. Com relação aos óbitos, houve um este ano e três em 2023.
Mesmo com a redução de casos, a gerente de endemias da SES, Sidney Sá, explica que as pessoas devem se atentar aos riscos durante o período chuvoso, principalmente em locais de enchentes. “Os alagamentos acontecem devido ao entupimento de canais por conta do lixo gerado pela população. É preciso ter consciência, a fim de evitar o contato com essas águas, pois a bactéria que transmite a leptospirose pode estar em contato com a água”, explicou a gerente.
Cuidados preventivos
Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama contaminada poderá se infectar. A Leptospira penetra na pele, principalmente se houver algum ferimento ou arranhão, causando a leptospirose, que é uma doença grave.
Segundo o gerente da Vigilância em Saúde Ambiental da SES, Alexsandro Buenos, caso a pessoa precise entrar em contato com a água, deve se proteger com botas e luvas ou até mesmo sacos plásticos nas mãos e pés, até para manusear objetos que tiveram contato com a água.
“Além disso, é fundamental que as pessoas mantenham os alimentos armazenados em vasilhames tampados e à prova de roedores; retire e lave os vasilhames de alimento dos animais de estimação todos os dias antes do anoitecer, pois ele também pode ser contaminado pela urina do rato, além de fechar buracos de telhas, paredes e rodapés para evitar o acesso de ratos para dentro de casa”, salientou Alexsandro.
Caso a pessoa tenha entrado em contato com a água ou lama da inundação e apresente sintomas como febre e dor muscular, especialmente na região lombar e panturrilha, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) o quanto antes.
Consumo de alimentos
É recomendável aderir a alguns cuidados com os alimentos, como não consumir aqueles que tiveram contato com a água da enchente ou que apresentem cheiro, cor ou aspecto fora do normal; filtrar e ferver a água antes de beber ou tratar a água para consumo com hipoclorito de sódio (2,5%) e guardar em lugares elevados.
Alexsandro ainda explicou que, caso a pessoa observe alguma alteração na água, entre em contato com a vigilância sanitária do seu município. “Em caso de qualquer anormalidade, como odor, cor e gosto, deve-se contatar a vigilância, além de evitar beber água de outras fontes que não sejam da rede de abastecimento local”, evidenciou.
Foto: Arthuro Paganini
Por: Ascom/SES