
Informações divulgadas no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), publicado pelo IBGE, no último dia 9 de setembro, indicam redução da safra de milho em 13,6%. A estimativa é de 732.123 toneladas de milho para a safra 2021 em Sergipe, ou seja, 17,3% menor que a estimativa de junho deste ano, quando o IBGE divulgou estimativa de 885.422 toneladas. O plantio fora da época ideal e o baixo índice pluviométrico, sobretudo a falta de chuvas durante as fases sensíveis do ciclo produtivo, foram os principais fatores que contribuíram para o decréscimo da produção. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), se a previsão se confirmar, mesmo assim teremos uma safra maior que o ano de 2018 (160.984 t) e maior que 2019 (655.897 t). O levantamento prevê ainda que mesmo com a queda de safra a área colhida será maior que o ano passado em 4,4% (160.659 ha em 2021, superior aos 154.893 há colhidos em 2020).
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, mesmo com a previsão de queda, Sergipe continua como o 4º maior produtor de milho do Nordeste (depois de Bahia, Maranhão e Piauí); e o 2º em rendimento médio (produtividade) na região, depois apenas do Maranhão. “Infelizmente as chuvas neste ano não foram como o esperado. Mas veja que mesmo nesse período de pandemia da Covid-19, o setor mostra sua força. Na nossa avaliação, os investimentos por parte dos produtores em tecnologias dos tratos culturais que envolvem investimentos em sementes de qualidade, melhoria nas técnicas de plantio e novos maquinários agrícolas são fatores importantes que contribuíram para o crescimento na produção e na produtividade, colocando Sergipe como protagonista na produção de cereais no Nordeste, em especial do milho. Além disso, os preços atrativos no mercado nacional e internacional e os incentivos fiscais do Governo de Sergipe, que desde 2019 reduziu a alíquota do ICMS de 12% para 2%, são também fatores significativos”, avalia.
Por: ASN