
Após mais de uma década, Sergipe voltou a realizar transplantes renais com doador falecido, marcando um avanço significativo para a saúde pública estadual. O procedimento foi realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU/UFS), no último dia 10, com um rim captado no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
De acordo com o coordenador da Central Estadual de Transplantes (CET/SE), Benito Oliveira Fernandez, o retorno representa “esperança para muitos pacientes sergipanos com doença renal crônica”, além de ampliar a capacidade de realização de transplantes no estado.
A cirurgia foi possível graças à autorização da família de um doador falecido, cujo fígado, rins e córneas foram captados pelo Huse. Um dos rins foi transplantado em um paciente renal crônico sergipano.
O nefrologista Laurisson Albuquerque, responsável pela equipe do HU/UFS, destacou a importância do avanço: “É gratificante ver o paciente receber o rim aqui no estado, sem precisar se deslocar para outro local. Esse é um marco que queremos consolidar em Sergipe.”
O Governo do Estado também firmou contrato com a Fundação Beneficente Hospital de Cirurgia (FBHC) para ampliar os procedimentos, incluindo transplantes de fígado e rins com doadores vivos e falecidos.
Segundo dados da CET/SE, Sergipe registrou 57 doadores de órgãos falecidos em 2024, resultando na captação de 56 rins, 22 fígados e quatro corações. Até 12 de outubro deste ano, foram contabilizados 41 doadores, com 42 rins, 21 fígados e quatro corações captados, além de 191 transplantes de córnea e dois de rim — um com doador vivo e outro com doador falecido.
Foto e texto: Ascom/SES