Nesta segunda-feira, 19, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme. Em virtude da data, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), chama atenção para a doença que é hereditária, causada por uma mutação genética que faz com que os glóbulos vermelhos fiquem deformados e quebrem.
A anemia falciforme é um grupo de distúrbios hereditários em que os glóbulos vermelhos assumem o formato de foice. As células morrem de forma prematura, causando uma escassez de glóbulos vermelhos saudáveis (a anemia), podendo obstruir o fluxo sanguíneo, causando crise de dor.
No ambulatório do Hemose, os pacientes diagnosticados com a doença são assistidos por uma equipe multidisciplinar composta por médico hematologista, fisioterapeuta, psicólogo, ortopedista, dentista, assistente social e enfermeiros para que sejam realizadas consultas de rotina ou, em casos de dor, a prescrição de medicamentos.
A paciente Carla Luana Souza, de 19 anos, que foi diagnosticada com anemia falciforme aos seis meses de vida, contou que passa por consultas regulares com o médico hematologista. “Só tive consciência da gravidade da doença com o passar do tempo, pelos quais passei por complicações como trombose e AVC. Mas, devido a assistência que recebo aqui, no Hemose, a anemia se torna mais suportável”, relatou.
De acordo com a gerente do Ambulatório do Hemose, Juliana Nascimento, o maior sintoma da doença falciforme são as crises de dor. “Os sintomas atingem principalmente os ossos e articulações seguidas de fraqueza intensa, úlceras e infecções como pneumonia”, explicou Juliana.
O ambulatório do Hemose possui o cadastro de 238 pessoas para tratamento da doença. A gerente Juliana explicou, ainda, que a maioria dos pacientes do estado são acompanhados no Hospital Universitário, onde eles são convocados após o recebimento do resultado do teste do pezinho. “Caso o diagnóstico seja tardio, o Hemose acolhe esse paciente através de um encaminhamento para um dos nossos hematologistas, que realizará a investigação, o diagnóstico e o tratamento”, contou.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio do exame eletroforese de hemoglobina, mas a maioria dos casos são detectados nos primeiros dias de vida pela realização do teste do pezinho.
Tratamento
Já o tratamento, é baseado na redução dos sintomas como a hidroxiureia que alivia as crises de dor e melhora a anemia. Em alguns casos, são necessárias transfusões de hemácias para reduzir a fraqueza e as crises de dor, já que os pacientes recebem hemoglobinas sadias que circulam em seu corpo por um tempo.
O Hemocentro ainda presta atendimento para pacientes portadores de doenças hematológicas como Hemofilia, Doença de Gaucher e Von Willebrand.
Reprodução: Portal Imprensa1
Por: Ascom/SES