Durante a manifestação desta sexta-feira (19), o Sindicato do Fisco de Sergipe (SINDIFISCO) anunciou que fará uma assembleia no próximo dia 31, para decidir sobre greve da categoria. O indicativo dessa paralisação é o dia 1º de fevereiro, caso o governo estadual atrase e parcele, este mês, salários dos aposentados e pensionistas. O protesto aconteceu no pátio na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz/SE).
Para o diretor de Comunicação do Sindifisco, Abílio Castanheira, a possibilidade de parar os serviços na Sefaz é “a única linguagem que o governo reconhece”, para atender os pleitos dos servidores. “O enfrentamento é o recurso que a categoria tem para sensibilizar o governo a regularizar o calendário de pagamento e repor as perdas salariais. Há quatro anos consecutivos, e ainda o ano de 2003, que o governo estadual deixou de reajustar os salários dos servidores do executivo estadual. E na atual gestão, pela segunda vez consecutiva, parcelou o 13º salário”, contabilizou Castanheira.
Acréscimo de receita
O diretor Administrativo da entidade, José Antônio (Zé Antônio), reafirmou a tese defendida pelo Sindifisco da ‘capacidade financeira’ do governo para recompor perdas salariais e pagar em dia o funcionalismo estadual. “Reconhecemos a crise financeira por que passar os governos estaduais. Mas, especificamente em Sergipe, a crise financeira não justifica os atrasos e parcelamentos de salários. Isso porque, em 2017, o governo teve acréscimo de receita na arrecadação do ICMS e do Fundo de Participação Estadual (FPE), um total de aproximadamente R$ 500 milhões, expurgando o dinheiro extra, oriundo da repatriação, no valor de R$ 377 milhões. Ou seja, dinheiro tem. Mas a administração estadual prioriza investimentos em outras áreas e ações. Trata-se na verdade da opção política por parte desse governo de maltratar os servidores”, criticou Zé Antônio.
Greve nacional, em fevereiro
O diretor de Relações Intersindicais, Ivan Oliveira conclamou os auditores a participar de forma mais efetiva da luta nacional contra a Reforma da Previdência. As centrais CUT, CTB, UGT estão mobilizando as bases sindicais para parar o País no dia 19 de fevereiro, data provável da votação do projeto que prever o fim da aposentadoria. “Hoje, essa é a principal ameaça contra a classe trabalhadora do Brasil. E nós temos de acreditar que é possível enfrentarmos esse debate e impedirmos a aprovação dessa ‘reforma’. Mas para isso, precisamos ir para as ruas, porque se ficarmos em casa, vamos chorar o leite derramado”, afirmou.
O ato do Sindifisco também contou com o apoio da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/SE). O presidente regional da CTB, Adêniton Santana esteve na manifestação para saudar os auditores e reforçar a mobilização dos trabalhadores contra a aprovação da ‘reforma da previdência.
Por :Déa Jacobina Ascom Sindifisco
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