O mês de março é marcado pelas comemorações do aniversário da capital sergipana, que completa 158 anos. Mas este ano, o mês de março também traz um significado especial para a classe artística, pois é quando se comemora um ano de reabertura do Teatro Atheneu. O principal reduto das artes cênicas do Estado, que fica localizado no coração de Aracaju, foi entregue pelo Governo de Sergipe como um verdadeiro presente para os aracajuanos amantes das artes.
Fundado em 1954, o Teatro Atheneu é o mais antigo teatro em atividade no Estado e possui importância significativa na história cultural de Aracaju e de Sergipe, como um todo. Para a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, a história do Atheneu e da efervescência cultural de Aracaju se confundem. “Não dá para desvincular este importante espaço cênico de parte da história da capital sergipana”, destaca a secretária.
Eloísa afirma que a maioria dos grupos de teatro e dos artistas aracajuanos nasceu no palco do Teatro Atheneu. “Muitos dos que fazem a cena cultural de Aracaju têm o Atheneu como uma referência e como um marco em suas trajetórias. Por isso, o governador Marcelo Déda não mediu esforços para revitalizar e entregar aos artistas e ao público de Aracaju um espaço mais moderno e renovado”, enfatiza Eloísa.
O que se vê hoje no teatro Atheneu é um novo e moderno teatro, fruto de um investimento de aproximadamente R$ 3 milhões. Toda a parte estrutural passou por melhorias como a substituição do sistema de ar-condicionado, reforma da bilheteria, administração e hall de entrada, assentamento de carpete na parte da plateia, pintura interna e externa, além de reforma da cobertura.
Vale destacar também a restauração do painel de Jenner Augusto. Localizado no foyer do teatro, o trabalho do artista plástico foi restaurado, valorizando ainda mais os seus traços tão consagrados. Além disso, o teatro foi contemplado com o que há de mais moderno em termos de equipamento cênico. Com isso, o mais antigo espaço cênico de Sergipe passou a figurar como um dos mais modernos da região Nordeste.
Para Virgínia Lúcia, do Iacema, a preocupação em modernizar e não apenas reformar o teatro foi fundamental. “Com as mudanças o potencial do espaço aumenta, temos um teatro mais moderno, desde a iluminação até a acessibilidade, que em minha opinião é um cartão de visitas. Acredito que o investimento que tem sido feito consolida a política cultural do Estado e torna o Atheneu um espaço mais completo”, disse.
Durante aproximadamente cinco décadas, o Teatro Atheneu foi o único espaço cênico do Estado, situação que mudou com a inauguração do Teatro Tobias Barreto, em 2002. Durante esse período, o Atheneu recebeu importantes nomes do teatro e da música nacional e abriu as portas para os artistas sergipanos, contribuindo para a formação de plateia.
Na opinião do bailarino Rodolpho Sandes, o artista ganhou um grande presente com a entrega do Atheneu renovado e mais moderno. “Toda a reestruturação do Atheneu está de primeira qualidade, e isso ajuda na montagem dos espetáculos. Com isso, o artista se sente valorizado, o produto que vai ao palco ganha e o público também”, declara o bailarino, que foi um dos artistas que subiu ao placo do Atheneu na noite de reabertura do espaço em março de 2012.
Mesmo dividindo espaço com o TTB, que carrega o título de terceiro maior teatro do Nordeste, o Atheneu é um espaço cativo no coração do público e dos artistas de Aracaju. Com capacidade para 850 pessoas, o Atheneu abriga espetáculos de pequeno a médio porte que têm garantido casa cheia nos finais de semana com opções para todos os gostos e sendo uma alternativa a mais na agenda do aracajuano.
Foto: Marcelle Cristinne/ASN