Embora o fato de estar grávida não signifique uma maior chance de contrair o novo coronavírus, estar gestante pode ser um fator que ajuda na piora do quadro clínico de uma paciente com covid-19, o que demanda um cuidado especializado. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, gestantes com covid-19 sintomáticas têm risco duas a três vezes maior de um nascimento prematuro.
“Gestantes infectadas, especialmente aquelas que desenvolvem pneumonia, parecem ter uma frequência maior de partos prematuros – nascimento antes de 37 semanas de gestação – e possivelmente parto cesáreo, o que provavelmente está relacionado a doenças maternas mais graves. A maioria dos partos prematuros ocorrem por programação dos médicos que assistem a gestante, seja por indução do trabalho de parto ou cesariana programada”, explica a infectologista cooperada Unimed Sergipe, Karina Ramalho.
De acordo com a infectologista, a maioria das gestantes infectadas se recupera sem necessitar antecipar o parto. Ela relata que não há evidências definitivas de que o novo coronavírus atravesse a placenta e infecte o feto. No entanto, a médica conta que houveram alguns casos de tecido placentário ou membranas infectados pelo vírus SARS-CoV-2 (novo coronavírus) e alguns casos de possível infecção in útero.
“Embora isso tenha acontecido, alguns dos casos neonatais, descritos na literatura, podem ter sido resultados de teste falso-positivos ou devido à aquisição de infecção logo após o nascimento. E os relatos de infecção por COVID-19 em neonatos geralmente descrevem doença leve”, diz Karina Ramalho.
De toda forma, quando se trata de coronavírus, o melhor é evitar. Por isso, a infectologista recomenda alguns cuidados que devem ser adotados pelas gestantes para que possam seguir sua gravidez normalmente e evitar a infecção.
“As gestantes devem se organizar para saírem de casa apenas nas situações extremamente necessárias e pelo menor tempo possível para tais atividades como consultas de pré-natal e realização de exames para acompanhamento da gravidez, aplicação de vacinas, etc., além de evitar contato desnecessário com quaisquer outras pessoas, visto que estamos em período de alta circulação do vírus e com maior poder de infectividade”, orienta Karina.
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Por: Ascom Unimed <[email protected]>