A vereadora Lucimara Passos (PCdoB) usou a Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), nesta terça-feira, 9/9, para lamentar, o que ela classificou como distorção da verdade, por parta da administração do prefeito João Alves Filho (DEM). De acordo com a parlamentar, o Executivo Municipal tenta atribuir atrasos em determinadas obras à administração passada.
“Além disso, diversas obras deixadas pelo ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), estão sendo inauguradas como se fossem de autoria de João Alves”, destacou. Lucimara citou a reforma da Praça Antônio Góis, como exemplo. “A obra foi deixada em plena execução e com dinheiro em caixa. A Prefeitura simplesmente resolveu parar a obra e priorizar outros locais, a exemplo do Bairro Treze de Julho e da Praça Camerindo”, disse.
A vereadora disse, ainda, que outras obras também seguem o mesmo trâmite. “Querem dizer que foram eles que fizeram uma obra deixada por Edvaldo Nogueira, e com dinheiro em caixa, como o Mergulhão do Inácio Barbosa.
Quem paralisou foi essa administração, assim como o Mercado Vereador Milton Santos, no Augusto Franco, Museu do Mangue e a Escola Elias Montalvão”, frisou.
Outro ponto debatido pela parlamentar diz respeito à Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef), Carvalho Neto, no Bairro Novo Paraíso. De acordo com Lucimara, as aulas tiveram que ser interrompidas devido ao corte do fornecimento de energia elétrica. “A Prefeitura não pagou a conta de energia e deixou os alunos sem aula. Deixar de ter aula por falta de pagamento é um absurdo e atribuir a culpa aos professores é, no mínimo, irresponsável. É fácil dizer que a culpa é do professor e dizer que a gestão não tem culpa é brincar com a nossa inteligência ou querer proteger demais o gestor. Não dá para continuarmos encarado de forma parcial, tendenciosa ou de forma a tentar levar a população ao erro em sua avaliação”, disse.
Recado
A vereadora aproveitou o seu pronunciamento para mandar recado ao vereador Agamenon Sobral (PP). Segundo ela, apesar de estar sendo “atacada” no Parlamento Municipal, a sua família pediu para transmitir um recado ao colega vereador. “A minha família, sendo agredida, diariamente, pelo vereador, pediu para que transmitisse que iremos colocar o vereador Agamenon nas nossas orações porque não desejamos o mesmo mal que ele nos deseja”, completou.
Lucimara também desmentiu a informação passada por Agamenon de que a sua prima, Trícia Dantas. Segundo a denúncia de Agamenon, Trícia, que trabalhava na Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), após ter sido exonerada, teria sido recontratada para os quadros da Empresa Municipal de Obras e Urbanismo (Emurb), com o dobro do salário. “Isso é uma inverdade e não posso aceitar que minha família seja perseguida dessa forma. É mentira. Ela estava internada, vítima de aborto e, mesmo assim, foi exonerada a partir da influência do presidente dessa Casa”, disse.
Em aparte, o vereador Lucas Aribé (PSB) se solidarizou com a vereadora. “Me solidarizar com sua família que está sendo atacada de forma injusta e é importante que a resposta à Comissão de Ética seja dada”, ressaltou. O vereador Renilson Félix (DEM), também aparteou a colega e disse que estava ao lado de Agamenon quando uma servidora da Prefeitura passou a informação. “Foi uma servidora que fez a denúncia de que ela tinha sido admitida com cargo em comissão III, dois dias depois”, completou.
Por Bruno Almeida
Foto: Acrisio Siqueira