Devido às publicações de supostos diálogos com procuradores da Lava Jato e à decisão da Segunda Turma do STF de manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso, o ministro Sérgio Moro, em viagem aos Estados Unidos desde dia 23, teve sua agenda alterada, o que incluía reunião de coordenação e visitas ao FBI e ao Nation Targeting Center, na Virginia, por reuniões em Brasília e no gabinete do ministro.
Segundo a agenda divulgada à imprensa, Moro visitou a patrulha de fronteira e o Centro de Inteligência da cidade de El Paso, na fronteira com o México. Na terça, foi a Washington e visitou agências de investigação e inteligência do governo americano, inclusive agências de combate a crimes cibernéticos.
Os detalhes dessas reuniões e as autoridades envolvidas não foram divulgados, mas sobre sua viagem aos Estados Unidos Moro declara: “O objetivo é conhecer o modelo de força tarefa multiagência contra o tráfico de drogas e aprofundar os laços para cooperação internacional”, escreveu o ministro no microblog.
O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) protocolou um requerimento de informações para que Moro explique sua viagem aos Estados Unidos.
O deputado também fez um pedido para que o ministro seja convocado para comparecer à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara e dar esclarecimentos sobre as conversas com procuradores da Lava Jato divulgadas pelo site The Intercept Brasil.
A falta de esclarecimentos em relação à viagem aos Estados Unidos foi alvo de protestos da oposição. Além do requerimento apresentado pelo deputado do PCdoB, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-RS) fez questionamentos na terça-feira, durante audiência na Câmara que contou com a participação do jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil. “Moro não deu detalhes, não disse o que foi fazer ou com quem foi falar”, disse a petista, que classificou a agenda do ministro nos EUA como “semiclandestina”.
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Fonte: www.noticiasaominuto