O assunto Rita Lee ainda repercute em Aracaju, no Brasil e no mundo. Após ter sido infeliz ao proferir palavras de baixo calão quando combatia a repressão policial, a roqueira terminou a noite na delegacia, assinando boletim de ocorrência por desacato à autoridade.
Com longa carreira na música, a experiente que não tem cabelos brancos, sabendo esta ser sua última aparição em cima do palco, a irreverente do cabelo vermelho não faria por onde estragar a noite, até ser atingida na alma pela ação da polícia, como ela mesma denominou: “truculenta”.
Se a roqueira pudesse cantar sem interromper, como tantas vezes aconteceu no sábado, 28, a “vovó” do rock certamente afinaria a voz: “Desculpe o auê. Eu não queria magoar você” E direcionaria o canto às muitas vítimas disso tudo, os quais foram os fãs que perderam de ver uma festa terminar com o brilho que deveria: fumando ou não, dando razão ou não para agressões (em um público passivo de conturbações), que no fim apenas queria assistir a apresentação da rainha do rock em paz.
O show na orla da Atalaia Nova, embora contabilizasse em torno de 20 mil pessoas, não apresentou grandes problemas com roubos e brigas. E assim, ela não precisaria chegar ao verso: “Perdi a cabeça.”
Agora, ela poupa a língua (no sábado muito gasta) e desvia, bem humorada, do caminho do repórter mais astuto. E terminaria a canção com “Esqueça!”.Esqueçamos e ponhamos fim à arbitrariedade policial, num lugar até então pacífico.
Depois de muita insistência da imprensa em procurá-la no hotel e também no aeroporto, para saber mais do incidente policial, nos resta ficar com sua bela canção: “Desculpe o auê, eu não queria magoar você…”