Com a reforma do Terminal Rodoviário Governador Luiz Garcia, milhares de usuários do transporte público intermunicipal que circulam diariamente por suas dependências terão, ao seu dispor, um espaço confortável, seguro, com mobilidade e adequado para embarque e desembarque, bem como para aguardar tranquilamente o momento de suas viagens, livres de tumulto e longas filas. Uma obra que chegou no momento certo para os usuários.
A dona de casa, Claudina Ramos de Santos, de 40 anos, que o diga, para ela a revitalização é essencial. “Com certeza esse terminal precisa de reforma, não dá nem para melhorar, tem que reformar tudo mesmo. Esperamos há muito tempo isso. O lugar é abafado e tem que melhorar a segurança, a reforma é mais que necessária”, afirma.
Ciente dessa necessidade de melhoria pedida pela população, a obra vem sendo pleiteada desde 2013 pelo Governo de Sergipe, junto ao Governo Federal. O projeto de revitalização do espaço foi aprovado em maio deste ano pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Os recursos para a reforma correspondem a uma colaboração financeira não reembolsável, a custo zero para o Estado, e são provenientes do Fundo para o Desenvolvimento Regional com Recursos da Desestatização – FRD, gerido pelo BNDES e aplicado em municípios de influência da Vale, totalizando R$ 6.002.022,43.
Em um mês, o canteiro de obras será montado e quem é usuário do transporte público já está ansioso. Frequentador assíduo do terminal e residente do município de Laranjeiras, Genilson Pereira, diz que o local precisa de uma reforma urgente. “Tudo é muito antigo, precisa reformar os banheiros, colocar uns bancos mais adequados, não temos lugar para sentar quando a gente vem com criança e, quando temos que esperar, não tem um ambiente com um espaço legal para ficar, uma pracinha estruturada. Em outras cidades vemos uns terminais organizados, e é isso que queremos ver aqui”, declara o mecânico de 55 anos.
A aposentada de 67 anos, Marinalva Santos, concorda com a urgência da construção do novo terminal e conta que a reforma já era muito esperada pelos usuários. “É um local em que você não se sente seguro, os banheiros em condições ruins de uso. Tem que pintar, retirar esses botecos em frente e acabar com essa bagunça que incomoda. A gente não consegue andar direito, porque é feira, a gente perde até o ônibus porque não consegue enxergar bem diante de tanta coisa misturada”, ressalta.
A reforma
O projeto de reforma tem entre seus principais objetivos, o de modernizar o terminal rodoviário, melhorando os serviços de aquisição de passagens e o transporte público intermunicipal, bem como as condições do ambiente, tornando o tempo de espera mais agradável para os passageiros e integrando os serviços com os do Terminal Rodoviário José Rollemberg Leite (Rodoviária Nova), uma vez que, atualmente, o Terminal Luiz Garcia opera diariamente com 330 linhas para as cidades do interior.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, Ubirajara Barreto, explica que o projeto foi elaborado por um arquiteto e urbanista da Sedurbs e possui design arrojado e contemporâneo. “A reforma abrange todo o interior e entorno do terminal e, uma vez revitalizado, o prédio de conceito modernista que foi construído em 1962 e é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Estadual será primordial para a urbanização e revitalização do centro de Aracaju”, disse.
Segundo o secretário, com a reforma, o risco ambiental será reduzido, uma vez que serão executados novos serviços de redes de drenagem e de tratamento de esgoto. A Praça João XXIII, onde ele está localizado, será reurbanizada e o fluxo e tráfego de veículos, tanto na praça quanto nas ruas adjacentes, terá melhorias consideráveis. “Além disso, o aspecto de desorganização nas imediações do terminal será eliminado, facilitando assim a mobilidade dos transeuntes, tornando a área visualmente melhor e mais bonita”, relata.
A Ordem de Serviço foi emitida em 01/06/2020 em favor da Empresa GP Engenharia Ltda e o prazo de execução da obra é de 12 meses, sendo que os três primeiros serão destinados à elaboração dos projetos complementares (hidráulico, sanitário, elétrico, estrutural, CFTV, climatização, entre outros), trabalhos estes que já estão sendo executados pela empresa.
Foto: Ascom/ASN
Fonte: ASN