Na manhã dessa quinta-feira, 3, Chrisdeicy Denoral da Costa Menezes, de 36 anos, indiciada pelo homicídio de Ângela Gonzaga Santos, se entregou à polícia no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Chrisdeicy confessou o assassinato e assumiu que cometeu o crime sozinha, pois não aceitou a recusa de Ângela Santos em entregar o filho recém nascido.
A mulher será encaminhada para a Delegacia da Barra dos Coqueiros, e ficará detida à disposição da justiça. O delegado Mário Leony contou que no quarto depoimento prestado à polícia, Chrideicy mudou toda a versão que já havia narrado.
“Em cada depoimento ela disse coisas distintas e hoje ela resolveu confessar o crime”, fala o delegado. Para Mário Leony a nova versão não é concreta o suficiente. “Ela insiste que praticou o crime sozinha, mas estava com o ombro quebrado e teria lutado, ocultado e desovado o corpo, a polícia não acredita nessa versão, precisamos de mais provas”, completa.
A possibilidade de tráfico de crianças não foi descartada pela polícia, mas o advogado do caso, Antônio Dantas, afirma que Chrisdeicy Menezes cometeu o homicídio, pois não aceitou a recusa da mãe em entregar o bebê.
O advogado Antônio Dantas, conta ainda que orientou a cliente a confessar o crime, para que o trabalho da defesa não fosse prejudicado. Assim sendo, Chrisdeicy contou ao delegado do caso que convidou Ângela Santos para passar uma tarde numa casa alugada no Conjunto Marcos Freie II, local em que deixaria o bebê recém nascido, mas o plano não correu como previsto e Ângela não entregou a criança. O desentendimento gerou uma briga e Chrisdeicy confessa que esfaqueou a vítima.
O corpo foi levado para uma casa de cachorros no fundo da residência, local em que ficou por dois dias. Chrisdeicy narrou que quando o mau cheiro começou a ser exalado, colocou o corpo em um carro de mão e jogou na ponte do Rio do Sal.
Mário Leony informou que Chrisdeicy da Costa será indiciada por homicídio qualificado, crime que gera uma pena de 12 a 30 anos de reclusão e também por ocultação de cadáver, seqüestro de menor e abandono de incapaz, já que a criança foi deixada numa caixa no conjunto Marcos Freire III e entregue aos avós paternos pelo Conselho Tutelar.
Por Caio Guimarães e Aldaci de Souza ( www.infonet.com.br)
OBS : NESTA SEXTA-FEIRA , DIA 4 DE NOVEMBRO , ENTREVISTA EXCLUSIVA COM CHRISDEICY