Nesta quarta-feira, 7, durante encontro no Palácio de Despacho, as portas fechadas, os secretários de governo, receberam os Trabalhadores no Serviços Público do Estado de Sergipe (Sintrase), para discutir e avaliar as proposta do Governo pelo fim da greve dos servidores.
Os Secretários do Governo do Estado de Sergipe, Jorge Alberto (Casa Civil), Fazenda (João Andrade), Secretário de Governo (Francisco Dantas) e Chico Buchinho (Articulação política), nesta tarde, apresentaram as propostas para o projeto de Cargos e Salários que está em fase de construção traçaram um panorama da situação econômica do Estado.
Na oportunidade, o Secretário da Casa Civil, João Alberto, apresentou o novo enquadramento do plano de remuneração da carreira, na proposta apresentada o enquadramento que era de 10 padrões, passaria apenas a 3 padrões, uma redução bastante significativa, do ponto de vista da categoria.
Segundo o diretor do Sintrase, Waldir Rodrigues Lima, o plano de cargos e remuneração apresentado pelo Estado será amplamente discutido pela categoria, a negociação continuará até o dia 15 de março, quando então a categoria volta a sentar com o Governo uma vez e seja encaminhada para aprovação pelo legislativo estadual.
A categoria vem desde 2008 buscando o dialogo com o Estado, apresentando a realidade do funcionalismo público e a insatisfação diante de um governo intransigente, entretanto, o governo iniciava a discussão e depois com o apagar das luzes, não se fala mais uma palavra.
“Desde 2008 o Governo do Estado vem descumprindo o acordo com os servidores, principalmente com os servidores da Educação, antes do concurso eramos 9 mil e hoje já chegamos a 10 mil”, lamentou Rodrigues.
“Nós estamos negociando mais quem decide é a categoria, a expectativa é que o projeto seja encaminhado para Assembleia Legislativa até o final deste semestre e colocado em votação pela casa, a categoria está desgostosa”, frisou Waldir.
Para o Secretário da Casa Civil, Jorge Alberto, a reunião foi bastante satisfatória, onde o Governo apresentou de forma transparente a situação e a realidade dos cofres públicos do Estado.
“O canal de entendimento com os dirigentes da categoria nunca esteve fechado, vamos continuar o dialogo com a direção dos servidores”, ressaltou Alberto.
De acordo, com o Secretário da Fazenda, João Andrade, a secretária vem fazendo o detalhamento dos impactos financeiros e que o governador Marcelo Déda, deseja resolver a questão o mais breve possível.
“O que de fato ocorre hoje é um impedimento devido a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRP) e o limite prudencial que o Estado vem passando, com isso impendido a aprovação das reivindicações da categoria, não podemos gerar aumento de despesas para o Estado”, explicou Andrade.
Diante deste contexto, apresentado pelo Governo do Estado, onde nesse momento é necessário ‘apertar os cintos’, a proposta apresentada foi recusada em alguma pontos, o que agravou a situação do Governo de Sergipe, diante disso a greve está mantida até o dia 15, na próxima quarta-feira, quando a categoria volta a reunir-se com o governo e que no mínimo itens básicos apresentados sejam aprovados, e com isso motivar os servidores a retornarem suas atividades no serviço público.
Por Andréa Lima