Líderes da base aliada ao governo negaram nesta quarta-feira que a saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte possa afetar a realização da Copa e da Olimpíadas no Brasil.
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), ressaltou que o governo está mostrando sua soberania com a Fifa e demonstrando sua capacidade de tocar as obras para os eventos.
Não há nenhuma repercussão negativa com a saída do ministro. Se tivesse coisas paradas, aí teríamos um problema, mas todos os procedimentos estão sendo feitos”, disse Teixeira.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), também negou que a saída do ministro prejudique a relação do PT com o PC do B.
O deputado ressalta que a legenda, do ex-ministro Orlando Silva, sempre esteve ao lado dos petistas e isso não deve mudar.
“Eles são e continuarão sendo aliados de primeira linha”, afirmou Vaccarezza.
O líder do PC do B no Senado, Inácio Arruda, defendeu que o ministério permaneça com o partido.
Ele citou o nome do deputado federal Aldo Rebelo e da ex-prefeita de Olinda Luciana Santos como “grandes quadros”. “Temos quadros excepcionais, Aldo é excelente, Luciana Santos também. Sem contar outros nomes da bancada”, disse Arruda.
A cúpula do PC do B está reunida a portas fechadas na liderança da Câmara.
OPOSIÇÃO
Já a oposição ressalta para o perigo de deixar um ministro interino no ministério do Esporte.
Para ACM Neto (BA), líder do DEM na Câmara, isso pode pesar nas negociações sobre a Copa e Olimpíada.
“O ideia é que a indicação do novo ministro respeitasse agora critérios técnicos, não levassem em conta apenas o partidarismo”, afirmou ACM Neto.