Em Sergipe, foram aplicados mais de R$ 1,7 bilhão, a maior parte em recursos do FNE
O Banco do Nordeste apresentou, em 2014, seu melhor resultado financeiro desde a criação da instituição, em 1952. O lucro líquido do ano foi de R$ 747,4 milhões e o resultado operacional foi de R$ 1,13 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 107% e 105%, respectivamente, frente ao ano anterior. Com esse resultado, a rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido médio ficou em 23,2%. Em 2013, essa mesma rentabilidade foi de 14,0%. Os números foram divulgados na tarde de hoje, durante entrevista coletiva realizada em auditório na sede da instituição.
O resultado recorde deve-se, principalmente, ao avanço verificado no volume de contratações de empréstimos e financiamentos (R$ 25,3 bilhões, por meio de 4,7 milhões de operações), que cresceram 9,1% no ano, e à melhora no perfil da carteira de crédito, com redução na constituição de provisões para créditos de liquidação da ordem de 408 milhões em relação ao ano passado.
Além de evoluir em relação à margem financeira, o Banco do Nordeste melhorou sua gestão operacional, com o volume de receitas de prestação de serviços (R$ 1,8 bilhão) crescendo proporcionalmente mais do que o das despesas administrativas.
Os números coroam um ano em que o Banco do Nordeste subiu 21 posições no ranking dos 500 bancos mais valiosos do mundo, segundo a consultoria britânica Brand Finance, ocupando agora a 314ª posição. A empresa vem crescendo em volume de operações e estrutura de atuação. Só em 2014, foram abertas 64 novas agências. Em Sergipe, de 2012 a 2014, o Banco aumentou sua estrutura de atendimento em 550%, chegando a 289 unidades abertas ao público no Estado.
Fiel à sua estratégia de ampliar o volume de aplicações com o pequeno empreendedor, o Banco destinou a maior parte do total contratado em operações no ano – R$ 15,3 bilhões – a empreendimentos considerados de pequeno porte. O setor de comércio e serviços recebeu o maior volume de recursos, cerca de R$ 13,4 bilhões em empréstimos e financiamentos. Empreendimentos industriais foram beneficiados com R$ 6,7 bilhões, e os rurais com R$ 5,3 bilhões.
Do total contratado pelo Banco no ano, R$ 13,4 bilhões tiveram origem no Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), a principal fonte de recursos do banco para aplicação em financiamentos de longo prazo. Esses recursos foram destinados a aproximadamente 469 mil operações no âmbito da agricultura familiar e na implantação, expansão e modernização de empreendimentos, primordialmente no semiárido. Somente em Sergipe, foram aplicados, ao todo, mais de R$ 1,7 bilhão, em mais de 210 mil operações. Em recursos do FNE, foi destinado cerca de R$ 1,2 bilhão, por meio de 18.500 operações de crédito.
Em 2014, no segmento de micro e pequenas empresas, foram aplicados R$ 2,9 bilhões,distribuídos em mais de 69 mil operações, o que representa aumento de 13,5% no volume de recursos alocados em 2013. Em Sergipe, foram realizadas quase 4 mil operações de crédito com micro e pequenas empresas, com montante aplicado de mais de R$ 165 milhões.
Em relação ao microcrédito, o programa Crediamigo, voltado para áreas urbanas, continua se destacando como referência mundial. Em 2014, verificou-se crescimento de 23,7% no montante aplicado, frente ao ano anterior, com a soma de R$ 7,1 bilhões contratados em 3,8 milhões de operações. Em Sergipe, o Crediamigo aplicou, nesse período, cerca de R$ 317 milhões, por meio de mais de 164 mil operações.
Já o Agroamigo tornou-se o maior programa de microfinança rural da América Latina, com crescimento de 22,3% em 2014 frente ao ano anterior, superando o volume global de R$ 1,5 bilhão aplicados em mais de 406 mil operações. Em Sergipe, o Agroamigo aplicou, nesse período mais de R$ 54 milhões, por meio de cerca de 15 mil operações.
Perspectiva de crescimento
O Patrimônio Líquido do Banco do Nordeste, em dezembro de 2014, totalizou R$ 3,36 bilhões, e o Patrimônio de Referência (PR) ficou em R$ 5,86 bilhões. Um PR dessa magnitude mantém a empresa numa situação confortável frente às exigências do Acordo de Basileia. O acordo exige que os bancos mantenham um patamar de capital próprio compatível com sua alavancagem, de forma a reduzir os riscos do sistema financeiro. O Banco do Nordeste exibiu, em 2014, um índice de Basileia de 16,11%, bem acima dos 11% exigidos pelo acordo, o que, na prática, significa que a empresa tem espaço considerável para realizar novos negócios, sem prejuízo ao cumprimento das exigências de capital da legislação atual.
Reconhecimento externo
Além de subir 21 posições no ranking de uma das consultorias de maior tradição mundial na avaliação de marcas, o Banco do Nordeste também foi considerado o “Banco do Ano” em 2014, após vencer o 10º Prêmio Relatório Bancário, na categoria Destaque 2014, organizado pela agência Catarino Brasileiro.
O Prêmio Relatório Bancário é considerado o mais tradicional do setor financeiro. A premiação foi entregue em dezembro último, em São Paulo. Mais de 180 cases de soluções adotadas pelo sistema financeiro nacional foram inscritos nesta edição do Prêmio e analisados por um comitê de jurados selecionados com base no notório conhecimento do segmento.
Já o programa Crediamigo recebeu, em 2014, mais um reconhecimento internacional: o Prêmio Foromic de Inclusão Financeira, concedido pelo Fundo Multilateral de Investimentos (Fomin), membro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A homenagem foi prestada durante o Fórum Interamericano de Microempresas (Foromic), realizado em novembro, em Guayaquil, no Equador.
O Crediamigo foi escolhido por um júri composto de especialistas em inclusão financeira e de executivos de finanças, que escolheu o programa pela qualidade de seus produtos e serviços financeiros ofertados, bem como pela sua capacidade de chegar a populações pobres de maneira massiva.
Por: Daniel Brandi
Assessor de Comunicação
Banco do Nordeste
Superintendência Estadual de Sergipe
Tel.: (79) 2107-5623